Empresário diz que equipe de Renan Bolsonaro pediu dinheiro para abrir empresa

Empresa em questão é alvo de investigação por tráfico de influência pela Polícia Federal.

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Em entrevista à Folha, Luís Felipe Belmonte, advogado e vice-presidente do Aliança pelo Brasil, partido criado pelo presidente Jair Bolsonaro, revelou que a equipe de Jair Renan Bolsonaro, conhecido como filho 04 do presidente, lhe pediu auxílio financeiro para a abertura de uma empresa.

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De acordo com o advogado, a solicitação feita por Allan de Lucena, ex-sócio de Renan, envolvia a quantia de R$ 5 mil a R$ 10 mil como contribuição para a abertura da Bolsonaro Jr. Eventos e Mídia, porém, segundo ele, o valor não foi depositado.

Segundo divulgado pela Folha, Allan foi contrário ao que foi dito pelo advogado e, em sua defesa, afirmou que Belmonte se colocou a disposição para ajudar por vontade própria com o intuito de se aproximar do presidente. Ainda de acordo com o ex-sócio de Renan, o valor teria sido repassado diretamente à arquiteta que assinou o projeto e emitiu a nota fiscal pelo serviço contratado.

Com relação a Renan Bolsonaro ou à empresa dele, tenho a declarar que à época realmente ele pediu um auxílio na constituição da empresa, o que eu até havia acordado. Tenho múltiplas atividades e havia falado em contribuir”, disse Belmonte, que não esclareceu a razão pela qual o valor não foi transferido, negou ter repassado qualquer quantia à arquiteta e também que tenha se oferecido para ajudar com intenção de estreitar relações com Bolsonaro.

Renan foi procurado para comentar o caso, porém, não respondeu às tentativas de contato da Folha. A empresa de sua propriedade é alvo de investigações da Polícia Federal, atendendo a pedido do Ministério Público Federal. A suspeita é de tráfico de influência.

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