Cerca de 115 cidades de São Paulo podem ficar sem abastecimento de oxigênio

Agravamento da pandemia e falta do insumo pode levar ao colapso da saúde paulista.

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O estado de São Paulo é um dos entes federativos do Brasil que mais está sofrendo com a nova onda de Covid-19. Na última segunda-feira (22), o estado bateu o recorde diário por mortes de Covid-19, foram ao total 1.021 óbitos ocorridos por causa da doença.

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O sistema de saúde de São Paulo está a beira do colapso. A ocupação de leitos de UTI chegou em níveis alarmantes, há escassez de medicamentos essenciais para realizar intubações e agora há o risco de falta de abastecimento de oxigênio em diversos hospitais do estado. 

Na última segunda-feira (22), o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia afirmou que as fábricas e fornecedores de oxigênio garantiram o abastecimento para a rede estadual, rede privada, unidades filantrópicas e também a rede municipal. O governo do estado de São Paulo ainda irá instalar uma usina de oxigênio em Ribeirão Preto, para que não haja riscos de desabastecimento.

Contudo, um novo levantamento realizado pelo Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosems/SP) demonstrou que 177 unidades de saúde, localizadas em 115 municípios paulistas, estão em estado crítico de abastecimento de oxigênio, essencial para o tratamento das pessoas hospitalizadas por conta da Covid-19.

A situação crítica se encontra no abastecimento de oxigênio gasoso, visto que os hospitais grandes utilizam oxigênio líquido. São essas as cidades com crise de oxigênio:

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Por falta de cilindros, recentemente a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a comercialização do oxigênio medicinal, que normalmente é transportado em cilindros verdes, em cilindros destinados ao oxigênio industrial que são pretos. É necessário ter cautela, já que é preciso higienizar muito bem o cilindro, visto que o oxigênio usado em hospitais são mais puros.