As investigações acerca do caso de morte do menino Henry Borel Medeiros seguem em curso. Nos últimos dias, a Polícia Civil tem ouvido algumas testemunhas com o intuito de elucidar o óbito do menino de 4 anos, ocorrido no dia 8 de março, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Entre a noite de segunda-feira e madrugada desta terça (23), o delegado responsável pelo caso, Henrique Damasceno, fez oitivas de duas ex-namoradas do padrasto da criança, o vereador Dr. Jairinho (Solidariedade).
De acordo com o G1, uma das ex-companheiras acusou o parlamentar de ter agredido a filha dele, anos atrás. Segundo essa mulher, que não teve a identidade revelada por questões de segurança, a filha que hoje é uma adolescente, foi agredida por Jairinho quando era menor.
Além dela, uma outra mulher que disse ter tido um relacionamento com o vereador também depôs na 16ª DP (Barra da Tijuca).
Defesa se pronuncia
Ao tomar conhecimento da notícia do depoimento das duas mulheres, o advogado de defesa do casal, André França Barreto, afirmou que não teve acesso aos relatos e afirmou que o responsável por trazer a “suposta testemunha” foi Leniel Jr., pai do menino Henry Borel.
Caso antigo
No ano de 2014, a então esposa de Jairinho, Ana Carolina Ferreira Neto, chegou a registrar um boletim de ocorrência afirmando que foi vítima de violência do parlamentar, e que em um dado momento da relação, ele tentou enforcá-la. Procurada pela reportagem do RJ2, a mulher negou que chegou a registrar o caso da suposta agressão na polícia.
Segundo o Ministério Público do Rio, o inquérito que investigava esta conduta do vereador acabou sendo arquivado, uma vez que a vítima não formalizou uma representação contra o Dr. Jairinho.
Nos próximos dias, o delegado Henrique Damasceno deve ouvir mais algumas testemunhas do caso. Há grande expectativa para o depoimento da funcionária doméstica da família de Henry, haja vista que o casal apresentou versões divergentes envolvendo-a nos relatos dados à polícia.
No laudo pericial, a causa da morte de Henry Borel Medeiros foi apontada como hemorragia interna e laceração hepática, provocada por uma ação contundente.