Operadoras de celular serão obrigadas a divulgar fotos de pessoas desaparecidas no Rio

Batizado de Alerta Pri em homenagem a Priscila Belfort disparo será feito pela Polícia Civil.

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Foi regulamentado nesta quinta-feira pelo governador em exercício do Rio de Janeiro Cláudio Castro o ‘Alerta Pri’, um novo sistema que busca divulgar fotos de desaparecidos e que deverá ser divulgado pelas empresas de telefonia celular. A Lei nº 9.182 determina como obrigatório a disseminação de fotos e também de informações sobre as vítimas. O sistema foi criado pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos.

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O nome Alerta Pri foi uma homenagem à Priscila Belfort – irmã do lutador Vitor Belford – que está desaparecida há 17 anos. De acordo com o governador a finalidade do alerta é possibilitar a oportunidade de solucionar mais casos e trazer mais segurança à população. Castro ressaltou ainda que a falta de resolução em casos de desaparecimento é uma ferida que estará sempre aberta na família da vítima. 

Dados da Delegacia de Descoberta de Paradeiros mostram que 4.545 pessoas desapareceram na cidade do Rio de Janeiro em 2020. As vítimas tinham até 17 anos de idade. O alerta servirá como uma potente ferramenta que poderá ajudar a localizar as vítimas e solucionar esse tipo de crime.

Segundo a Delegacia de Descoberta de Paradeiros, 4.545 pessoas entre 0 e 17 anos de idade desapareceram apenas na cidade do Rio de Janeiro em 2020. Deste total, mais de 96% dos casos foram solucionados. Para o governador, o Alerta Pri será mais uma ferramenta importante na elucidação desse tipo de crime.

Junto a foto da vítima, o Alerta Pri vai disparar também informações que irão englobar a idade, nome e características dos desaparecidos, tudo fornecido pelo sistema do banco de dados da Polícia Civil. 

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A ideia do Alerta Pri é dar mais agilidade e chances para que a vítima seja encontrada. Este alerta é o primeiro tipo implantado no Brasil e foi desenvolvido nos moldes do Alerta Amber, criado nos Estados Unidos e que já é também utilizado em outros 27 países para combater os casos de desaparecimento de pessoas. 

O Alerta Amber já salvou cerca de 650 vítimas que foram localizadas  entre 1996 e 2013. A maioria era crianças que haviam sido sequestradas. Jovita Belfort, que hoje é superintendente de Prevenção e Enfrentamento ao Desaparecimento de Pessoas do estado comemorou a ação: “Essa é uma causa muito importa, que precisa ser abraçada por todos.”