De acordo com levantamento desenvolvido pela Fiocruz, o Brasil atravessa o “maior colapso sanitário e hospitalar” já registrado na história do país. O relatório aponta que o Distrito Federal e outros 24 estados estão com leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com taxas de ocupações superiores a 80%.
O motivo para tantas internações é expresso também na taxa de óbitos que o Brasil atingiu nas últimas 24 horas: a maior taxa de óbitos também já registrada no país. Foram 2.798 mortes registradas. O número que elevou o Brasil a um novo pico de óbitos chama atenção pela velocidade da letalidade: quase duas mortes por Covid-19 ocorrem a cada dois minutos.
Dos 24 estados que têm leitos de UTI acima de 80%, cinco deles também registraram recordes de mortes: Paraná, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O número total de mortes registradas pela Covid-19 no país já chega a 282.400. Outro número também é assustador: desde o início da chegada da doença no Brasil já foram registrados 11,6 milhões de pessoas infectadas.
O novo Ministro da Saúde – o quarto durante a pandemia – diz que foi chamado pelo Ministério da Saúde para continuar trabalhando a partir do que já foi realizado pelo general Pazuello. O cardiologista Marcelo Queiroga eximiu completamente sua autonomia quando disse numa das recentes entrevistas dadas: “A política é do Ministro Bolsonaro, não do Ministério da Saúde”, confessou.
Apesar de ainda não ter assumido oficialmente o cargo, o Senado Federal chancelou um convite para que o médico possa explicar o panorama e as ações que o governo espera traçar e executar contra a Covid-19.