Aliados de Bolsonaro estariam frustrados com a escolha do presidente

Escolha de Marcelo Queiroga como novo ministro da saúde frustrou o centrão.

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O centrão, a base política mais forte do Brasil, e que tem como principal expoente o presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), estaria frustrado com a escolha de Marcelo Queiroga como o novo ministro da Saúde.

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Os parlamentares que compõem o centrão acreditam que o médico não terá pulso forte para contrariar a postura negacionista do presidente Jair Bolsonaro. Queiroga afirmou nesta terça-feira que o plano de combate ao vírus não é do ministro da Saúde, mas sim do governo.

A escolha preferida do centrão era a médica cardiologista Ludhmila Hajjar, entretanto, a mesma recusou o convite para assumir a chefia da pasta. Os políticos aliados de Bolsonaro descartaram conceder a Queiroga carta branca para conduzir o país durante a pandemia.

Além de frustrar seus aliados políticos, Bolsonaro também teria frustrado os ministros do Supremo Tribunal Federal, que conjuntamente com os parlamentares, solicitaram ao presidente uma mudança na condução do Ministério, com uma escolha técnica, que contrariaria o negacionismo do governo.

Para a base aliada do governo, a escolha de Marcelo Queiroga foi uma escolha pessoal do presidente e familiar, visto que o médico apoiou a campanha de eleição de Jair Bolsonaro em 2018, além de ser amigo pessoa do filho do presidente e senador, Flávio Bolsonaro.

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Os parlamentares acreditam que Queiroga, por conta de sua aproximação pessoal com a família Bolsonaro, continuará o trabalho de Eduardo Pazuello, não contrariando o presidente em sua forma negacionista de conduzir a pandemia no Brasil.