Médica recusa convite para Ministério da Saúde e relata ameaças de morte

Ludhmila Hajjar contou que tentaram invadir seu quarto de hotel em duas oportunidades.

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A médica Ludhmila Hajjar deu entrevista à CNN Brasil, nesta segunda-feira (15), e falou sobre a recusa para assumir o comando do Ministério da Saúde. A médica cardiologista que trabalha no Sírio Libanês, em São Paulo, se reuniu com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).

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A médica afirmou que teve o número de celular divulgado em grupos de WhatsApp e sofreu ameaças de morte. Hospedada em um hotel, Ludhmila contou que sofreu duas tentativas de entrada no quarto. “Coisas absurdas”, classificou a profissional de saúde.

Apesar de ter ficado um pouco assustada com a situação, Ludhmila não se acovardou. “Eu não tenho medo. São pessoas radicais, que estão polarizando o Brasil”, afirmou a doutora. Na entrevista, a médica também falou porque recusou o convite de Bolsonaro.

Segundo ela, a prioridade do presidente é a questão social e a questão econômica. Já a médica tem como prioridade salvar vidas com base na ciência. Bolsonaro vem sendo muito criticado por setores que entendem que ele não conduziu o país corretamente na pandemia. Por outro lado, há pessoas que continuam o apoiando.

Ludhmila Hajjar disse que é médica, cientista e que isso está acima de qualquer ideologia neste momento. A profissional afirmou que ficou honrada ao receber convite. O próximo ministro da Saúde será o quarto do governo Bolsonaro.

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Luiz Henrique Mandetta foi demitido em abril. Nelson Teich assumiu o posto e ficou apenas um mês. Eduardo Pazuello tornou-se ministro interino logo em seguida e só foi efetivado no cargo em meados de agosto. Com a saída de Pazuello, Bolsonaro colocará uma quarta pessoa no cargo em plena pandemia.