Com alto número de mortes, fabricantes alertam para falta de caixões

As morte causadas pela Covid-19 podem levar o setor funerário brasileiro ao colapso, fabricantes já avisaram.

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O Brasil vive o pior momento da pandemia, o número de mortes diárias estão cada vez mais batendo recordes, a média móvel de óbitos por Covid-19 é a mais alta do mundo, o Brasil se tornou o epicentro da pandemia.

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No início da pandemia, em 2020, algumas localidades brasileiras, como Manaus, já sofreram com o colapso do setor funerário, não havia local para enterrar os mortos e já havia desabastecimento de caixões. O ocorrido causou grande comoção nacional, pois as vítimas da Covid-19, estavam sendo enterradas em valas comuns e seus corpos armazenados em contêineres.

Com o aumento de mortes causadas pelo coronavírus as fábricas de caixões estão chegando ao limite e a exaustão, o que leva ao atraso e ao não cumprimento de entregas às empresas de serviço funerário. Antônio Marinho, presidente da Afub (Associação dos Fabricantes de Urnas do Brasil), alertou que pode haver desabastecimento muito em breve, e a matéria-prima usada na fabricação das urnas já está em falta.

Normalmente as fábricas de caixões produziam cerca de 100 mil unidades por mês, mas devido ao índice de óbitos causados pela Covid-19, a produção mensal aumentou em cerca de 20%. O presidente da Afub, Antônio Marinho, afirmou que as fábricas poderiam dobrar a produção, entretanto, não há como, pois a matéria-prima está em falta.

Somente o Serviço Funerário de São Paulo requisitou a indústria de urnas o adiantamento na entrega de 42867 unidades de caixões para o ano de 2021, segundo o Serviço Funerário as unidades serão o suficiente para atender a demanda durante 6 meses. Em Minas Gerais, foi realizado uma pesquisa e demonstrado que o preço de fabricação de urnas funerárias teve um aumento de 15%, contudo, esse preço não foi repassado ao consumidor final. 

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