Pai, mãe e filha morrem em cinco dias à espera de leito de UTI em SP

Os três testaram positivo para a Covid-19; hospital não tinha vagas em UTI.

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Uma tragédia se abateu sobre a família Ferraz, na cidade de Urânia, interior de São Paulo. Pai, mãe e filha morreram num período de cinco dias à espera de leitos da unidade de terapia intensiva (UTI). Teresa Alice Ferreira Ferraz, de 74 anos, foi a primeira a perder a vida. A idosa procurou a unidade de pronto atendimento (UPA) de Jales, no dia 4 de março.

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Dois dias depois, ela foi transferida para a Santa Casa de Urânia. Devido às complicações causadas pela Covid-19 e sem leito de UTI, Teresa morreu no mesmo dia da transferência. No dia seguinte, foi a vez de o marido, José Martins Ferraz, ser levado ao hospital.

O idoso foi atendido na Santa Casa de Urânia. A suspeita era de que ele havia sofrido um acidente vascular cerebral (AVC). Na quarta-feira (10), o idoso não resistiu e teve a morte confirmada. No mesmo dia da morte de José, a filha do casal, Márcia Regina Ferraz Bercelli, de 51 anos, foi internada na Santa Casa de Urânia.

A mulher foi entubada, mas não resistiu às complicações da Covid-19 e morreu na quinta. A Santa Casa informou que a transferência de pai, mãe e filha havia sido pedida pela Central de Regulação de Ofertas de Serviço de Saúde (Cross). Como não havia vaga, a transferência não foi realizada.

Os três testaram positivo para a doença causada pelo coronavírus, inclusive o senhor José, que sofreu um AVC. Nos últimos dias, muitas mortes por falta de leitos de UTI aconteceram no estado de São Paulo. Este é um dos motivos de o governo adotar medidas rigorosas de combate à pandemia.

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