Aluna que motivou decapitação do professor confessa que mentiu

O professor foi assassinado por um radical islamita após ter sido acusado de islamofobia.

PUBLICIDADE

O professor de história Samuel Paty foi assassinado em outubro do ano passado por um radical islamita, depois que uma adolescente mentiu sobre uma aula que ele teria dado sobre liberdade de expressão. A menina teria acusado o professor de islamofobia e causou uma grande confusão em sua escola no subúrbio de Paris.

PUBLICIDADE

Jovem mudou o depoimento

O caso aconteceu em outubro de 2020, mas, na última segunda-feira, a jovem de 13 anos acabou confessando que mentiu em seu depoimento, que foi dado em novembro do ano passado. O depoimento em questão motivou o assassinato de seu professor.

Samuel Paty estava falando sobre liberdade de expressão em uma de suas aulas e mostrou aos alunos algumas caricaturas de Maomé que haviam sido publicadas por um jornal ao longo dos anos.

Na ocasião, a adolescente contou ao pai e depois para a polícia que o professor obrigou aos alunos muçulmanos a saírem da sala de aula. Na versão dada pela garota, ela teria se recusado a sair da classe e após ter discutido com o professor, foi expulsa da aula. O pai da jovem gravou um vídeo e publicou nas redes sociais, onde ele xingava o professor.

Paty chegou a depor na delegacia sobre a acusação e afirmou que se tratava de uma difamação e que toda a história era mentira.

PUBLICIDADE

Ela reconheceu que mentiu

Em seu último depoimento, que aconteceu em 8 de março, a adolescente confessou que não estava presente na fatídica aula. Segundo o jornal Le Parisien, ela reconheceu ter mentido. Ainda de acordo com o Le Parisien, os alunos que de fato assistiram a aula confirmaram que a adolescente não estava presente e que o professor não praticou  islamofobia.

O professor foi morto, decapitado, e polícia investiga o caso como ato de terrorismo. A polícia acredita que o motivo de a menina ter mentido está diretamente ligada a aprovação que ela deseja ter do pai.