Jair Bolsonaro volta atrás no discurso antivacina e admite possibilidade: ‘Eu tomarei’

O presidente é alvo de críticas desde o início da pandemia pelo descrédito dado às vacinas.

PUBLICIDADE

Desde o início da pandemia provocada pelo coronavírus, quando iniciaram os estudos e pesquisas científicas em prol de um imunizante eficaz contra o agente infeccioso, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), passou a adotar um discurso antivacina, colocando em dúvida a sua eficácia e descartando a possibilidade de tomá-la. O entendimento, porém, parece ter mudado.

PUBLICIDADE

Em vídeo publicado em um canal de partidários políticos do presidente no YouTube, Jair Bolsonaro admite, pela primeira vez, a possibilidade de se imunizar por intermédio da vacina. Todavia, voltou a defender a liberdade para que cada pessoa escolha se irá ou não tomá-la.

“Eu já tive o vírus vivo, então estou imunizado. Deixa outro tomar a vacina no meu lugar. Lá na frente, lá na frente, depois que todo mundo tomar… se eu resolver tomar, porque no que depender de mim é voluntário, eu tomarei”, declarou o presidente da República.

No fim de 2020, após críticas contra o presidente pelo seu discurso antivacina, classificou como “idiota” a tese de que estaria prejudicando a credibilidade da vacina por conta dos seus ataques. “Ou é imbecil (palmas) ou o idiota que está dizendo que eu dou péssimo exemplo, eu já tive o vírus. Eu já tenho anticorpos. Para que tomar vacina de novo?”, questionou.

PUBLICIDADE

O presidente criticou ainda a postura de uma das farmacêuticas fabricantes de seu respectivo imunizante, tendo em vista que teria se esquivado de responsabilização em caso de efeitos colaterais. Neste sentido, voltou a dar um alerta irônico à população, pondo em descrédito, mais uma vez, a eficácia da vacina: “Se você virar um jacaré, é problema seu”.