Mulher está com o corpo da mãe em casa há duas semanas por falta de vaga em cemitério

Tudo que a família quer é dar um enterro digno à idosa, mas não consegue.

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Há duas semanas na Itália, uma mulher está vivendo uma situação aterrorizante, pois como não há vaga no cemitério para o sepultamento de sua mãe, ela precisa manter o corpo da idosa em sua casa.

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O caso vem tendo grande repercussão, inclusive em outros países e Giusy La Mantia chegou a dar entrevista para a imprensa local, contando como tem sido difícil não poder sepultar a própria mãe, já que no cemitério municipal de Palermo não há espaço.

Tudo que Giusy gostaria é de fazer um enterro digno para sua mãe, mas até o momento não conseguiu e não sabe mais o que fazer e nem a quem recorrer. Ela contou que sua mãe morreu no dia 19 do mês passado e a funerária local foi avisada imediatamente para que tomasse todas as providências.

O caixão foi preparado, o velório realizado, contudo o corpo não pôde deixar a residência porque a família foi informada que no cemitério não há mais espaço para realizar sepultamentos. Palermo é uma das maiores ilhas do mar Mediterrâneo e foi uma das regiões duramente atingida pela Covid-19.

Giusy La Mantia contou que a família até já pensou em sepultar a mãe em algum outro cemitério mais próximo, mas foram informados de que isso não será possível porque a situação é gravíssima devido à pandemia.

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Desesperada, Giusy já não pode ir trabalhar e nem tem como sair para fazer compras porque precisa sepultar a mãe primeiro, mas não consegue. Ela explicou ser muito mais que uma perda familiar, pois tem que conviver todos esses dias com o corpo da mãe em casa e a dor fica ainda maior.

Nunca esperávamos que acontecesse uma situação como a que estamos vivendo. Mas não há espaço em lugar nenhum. Você nem mesmo pode morrer com dignidade nesta cidade“, desabafou.

Leoluca Orlandi, prefeito de Palermo, já assinou uma medida para que todos os caixões antigos no cemitério sejam retirados para que haja espaço para realizar novos sepultamentos. A determinação é que os restos mortais com mais de 25 anos sejam exumados quanto antes, sendo levados para um local onde ocupem menor espaço ou até mesmo sejam cremados.