Casos de ‘doença da urina preta’ crescem 200% e acendem alerta

Doença que matou médica veterinária no Recife cresceu bastante em outra capital nordestina.

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A síndrome de Haff, conhecida popularmente como ‘doença da urina preta’, tornou-se assunto comentado nas redes sociais depois que a médica veterinária Cynthia Priscyla, de 31 anos, morreu vítima da doença na última terça-feira (2), após 13 dias internada no Hospital Português, região central do Recife.

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A síndrome causada pela toxina do peixe é rara e ainda está em estudos no Brasil. Cynthia passou mal e foi internada junto com a irmã, no dia 18 de fevereiro, depois de elas, a mãe, o filho de Cynthia e mais duas pessoas comerem o peixe olho de boi em um almoço.

A irmã de Cynthia recebeu alta no dia 24 de fevereiro. A veterinária continuou internada e não resistiu. Apesar de rara, a doença é conhecida. No começo de fevereiro, a Bahia registrou aumento de 206% nos casos da doença da urina preta.

De acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Saúde do estado, 40 casos da doença foram contabilizados. Até novembro do ano passado, apenas 13 casos havia sido registrados. Segundo a secretaria, os casos foram registrados em Camaçari, Entre Rios e Dias D’Ávila.

Em entrevista ao G1, o médico infectologista Antonio Bandeira afirmou que a continuidade das pesquisas é fundamental. Segundo ele, o peixe olho de boi é o mais implicado no desenvolvimento da doença. Mas esse não seria o único fator.

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“Existem alguns casos que saem um pouco, por isso é fundamental a continuidade das pesquisas em relação à questão marinha”, afirmou o infectologista. De acordo com o profissional, o aumento do número de casos na Bahia pode ter a ver com o período de verão, quando o consumo de peixe é maior.