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Odair Roberto Rocha tinha 22 anos, era estudante de Agronomia e tinha muitos sonhos. Na terça-feira (2), ele e um colega de trabalho chegaram à fazenda na cidade de Paraíso das Águas, cerca de 278 quilômetros de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, onde fariam uma análise de solo.
Ontem, chovia no local e os dois estavam trabalhando no campo. O colega de Odair o encontrou caído e passando mal. O rapaz havia sido atingido por um raio. Odair foi socorrido em um quadriciclo, levado até a sede da fazenda. De lá, levaram Odair para o hospital regional de Paraíso das Águas.
Quando chegou ao hospital, Odair já estava sem vida. Familiares e amigos usaram as redes sociais para lamentar a morte do jovem de apenas 22 anos. Não foram divulgadas informações sobre velório e sepultamento do corpo de Odair.
Em 2020, 144 milhões de raios foram registrados no Brasil, que é o país onde eles mais caem no mundo. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 130 pessoas morrem em decorrência de raio todos os anos no Brasil.
Silvério Visacro, pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) afirmou, em entrevista ao Jornal Nacional, que a corrente elétrica média de um raio é 1.240 vezes maior que a corrente de um chuveiro elétrico de alta potência (7500 watts) desses que milhões de brasileiros têm em casa.
A possibilidade de uma pessoa ser atingida por um raio é de uma em 1 milhão no Brasil. Apesar disso, todo cuidado é pouco. Desde janeiro, o Brasil vive uma temporada de raios que só deve terminar no fim deste mês, com o encerramento do período de chuvas. Evitar locais descampados e com muitas árvores é importante. Também deve-se evitar se abrigar embaixo de árvores neste período de chuva.