Desacreditados com o governo federal, parlamentares e governadores ‘traçam plano B’ pelas vacinas

Ações em conjunto vão se dedicar à solucionar impasses em torno das compras dos imunizantes.

PUBLICIDADE

Desacreditados com o plano de vacinação Nacional planejado pelo governo federal para frear a transmissão da Covid-19 no Brasil, parlamentares e governadores estão se juntando para elaboração de um ‘plano B’ que garanta a compra e distribuição das vacinas. Duas delas estão no foco das negociações: o imunizante da Pfizer e a Sputnik V.

PUBLICIDADE

O estado de São Paulo conversa com outros governadores sobre a possibilidade de destinar R$ 20 milhões para uma negociação que visa comprar 50 milhões de doses da vacina russa, que seria distribuída para todo Brasil. Ainda sem autorização da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), o governo baiano, por exemplo, ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando a garantia para adquirir e ter o imunizante.

O governador de São Paulo, João Dória, também alertou que pretende destinar R$ 20 milhões para compra da Coronavac, além de outros R$ 20 milhões também para adquirir o imunizante da Pfizer. Em paralelo a essa movimentação dos governadores, o Congresso Nacional prepara ações coordenadas para concretizar parcerias com as marcas Janseen e Pfizer.

Na contramão do Ministério da Saúde – que coloca diversos impasses nessas negociações acerca das vacinas afirmando eventuais efeitos colaterais – deputados aos poucos vão se reunindo para pensar em soluções. Uma delas já foi concretizada: a aprovação de um projeto que autoriza a União, estados e municípios a assumirem as responsabilidades em caso dos eventuais efeitos provocados pelos imunizantes. Esse projeto em específico ainda precisa da assinatura do presidente Jair Bolsonaro, que chegou a criticar recentemente o uso das máscaras.

Outra pressão vem do Senado Federal: uma medida provisória prevendo sete dias úteis para que a Anvisa agilize a aprovação das vacinas de forma temporária. Na contramão da intenção do Senado, o presidente Jair Bolsonaro também vetou um trecho de outra medida que previa prazo de cinco dias úteis.

PUBLICIDADE

Nesse sentido Câmara e governadores iniciam uma acelerada pelas vacinas. Nos bastidores políticos, fontes políticas e assessores já utilizam a expressão “plano B” para tratar o caso.