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A situação em Minas Gerais está alarmante no que diz respeito à pandemia causada pela Covid-19, principalmente em algumas cidades pelo interior do estado. Bastou flexibilizar as restrições e liberar o comércio para que o número de infectados voltasse a subir, inclusive daqueles que apresentam os sintomas mais graves da doença.
As festas clandestinas de Carnaval também facilitaram o contágio das pessoas que agora se veem em situação de risco, inclusive porque alguns hospitais já começam a ficar sem vagas.
Em novembro de 2020 foram 1.026 mortes em decorrência da Covid-19 em Minas Gerais, mas no mês de fevereiro esse número subiu para 3.505, segundo informou a Secretaria de Saúde de Minas Gerais.
Até ontem o número de infectados no estado era de 883.105, sendo que quase 19 mil foram a óbito em municípios do interior. Em Belo Horizonte são 2.731 óbitos decorrentes da doença e esse número continua aumentando.
Como a saúde em Minas está em colapso e faltam leitos em várias unidades hospitalares, principalmente em UTI, muitas cidades estão pedindo socorro e transferindo alguns de seus pacientes. Só no mês passado foram 295 transferências, principalmente no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.
O hospital Unimed-Uberaba precisou transferir quatro pacientes para Ribeirão Preto e um para Franca, em São Paulo. Uberlândia precisou transferir pacientes para Alfenas, no sul de Minas e a prefeitura informou que vem buscando parcerias para que todos sejam atendidos.
Uma curiosidade é que Romeu Zema, governador de Minas Gerais, foi o único entre os estados do sudeste brasileiro que não quis assinar a nota onde os governadores repudiam Jair Bolsonaro, ao todo foram 19 governadores criticando o presidente.