Variante do coronavírus que surgiu em Manaus pode vencer a vacina Coronavac, aponta estudo

Os pesquisadores ficaram preocupados com o resultado, mas novos estudos serão realizados.

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Pesquisadores brasileiros fizeram um estudo recentemente e o resultado sugere que a variante P.1 do coronavírus, que surgiu em Manaus, conseguiria escapar dos anticorpos que são produzidos após uma pessoa receber a vacina Coronavac.

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Esse imunizante vem sendo produzido pela Sinovac em parceria com o Instituto Butantan e no Brasil é a principal vacina utilizada contra a Covid-19. O estudo ainda é preliminar, uma vez que os dados foram obtidos pelos pesquisadores em uma amostra pequena de voluntários.

A meta agora é realizar esse mesmo estudo com um número bem maior de pessoas, mesmo assim o resultado já vem servindo de alerta e mostra que a nova linhagem poderá comprometer a eficácia das vacinas que veem sendo utilizadas para conter a pandemia.

Essa nova cepa que surgiu em Manaus no final do ano passado, já foi detectada em pelo menos 17 estados brasileiros e continua se espalhando. Cientistas da USP e Unicamp estiveram à frente desse estudo e o resultado divulgado nesta segunda-feira, dia 1º de março, deixa todos preocupados.

Oito voluntários tiveram o plasma recolhidos pelos cientistas, sendo que estas pessoas receberam as duas doses da Coronavac. Os pesquisadores deram início a uma série de testes para ver se os anticorpos conseguiriam barrar o novo coronavírus e também a variante da linhagem B, que é a mais comum em nosso país. O resultado mostrou que o nível de anticorpos necessários para combater o vírus estava abaixo do necessário.

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Para os cientistas, pode ser que um reforço da vacina, preparada para combater as variantes que surgiram, acabe sendo necessário.

Os pesquisadores ainda fizeram uma revelação preocupante: “Esses dados sugerem que a linhagem P.1 é capaz de escapar das respostas de anticorpos neutralizantes gerados por infecção prévia por SARS-CoV-2 e, portanto, a reinfecção pode ser plausível com variantes com mutações na proteína spike“.