Justiça mantém prisão de homem que matou mulher na Austrália e fugiu para o Brasil

Crime ocorreu em Sidney, e rapaz responderá por homicídio triplamente qualificado.

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O Ministério Público Federal, em acordo conjunto com o Tribunal Regional da 2ª Região, decidiu manter a prisão preventiva no país do engenheiro Marcelo Ferreira dos Santos, acusado de matar sua companheira, a também engenheira Cecília Müller Haddad, em Sidney, na Austrália. O homem não teria aceitado o fim do relacionamento e, por isso, teria asfixiado a vítima, atirado seu corpo dentro de um lago e fugido em seguida para o Brasil.

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Segundo parecer dos dois órgãos, ele responderá agora em solo brasileiro pelo crime de homicídio triplamente qualificado (feminicídio, asfixia e ocultação de cadáver). Todos que fazem parte da TRF2 decidiram de forma unânime em negar o pedido de habeas corpos, solicitado pela defesa do acusado.

O crime também foi considerado por motivo torpe e praticado com requintes de crueldade. Isso porque o rapaz ocultou seu corpo, amarrando pesos sobre a vítima antes de lançá-lo no lago, justamente para dificultar as investigações que começariam a ocorrer em torno do caso.

Segundo a procuradora regional da República, Neide Cardoso, todo plano arquitetado, além de empreender fuga para o Brasil, foi considerado como agravantes para que os desembargadores mensurassem a necessidade de manter o rapaz preso no Brasil, mesmo após o pedido feito – pela sua defesa – para que pudesse aguardar o julgamento em liberdade.

No pedido de relaxamento da prisão, feito pelos advogados do acusado, foi exposto que a prisão seria ilegal, em face da demora do julgamento. Entretanto, os dois órgãos judiciais alegaram que não há de se falar também em demora, em face da complexidade processual do caso, até mesmo imposta pela quantidade de manobras que os próprios advogados do réu criaram para postergar as ações do judiciário no Brasil.

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O engenheiro Marcelo Ferreira dos Santos será julgado futuramente por meio de um júri popular formado por sete pessoas. Após fugir para o Brasil, ele foi encontrado e preso dentro de um apartamento em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro.