Advogado da mãe de Isis Helena esperava reviravolta no caso: ‘Poderia ser inocentada’

William Cesar Pinto de Oliveira acreditava que Jennifer poderia ser considerada inocente no júri popular.

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Protagonista de um caso que chocou o Brasil em 2020, Jennifer Natalia Pedro foi encontrada morta em sua cela na Penitenciária de Tremembé (SP) na última segunda-feira (22/02) por volta das 15h. Jennifer estava na Penitenciária Santa Maria Eufrásia por confessar o assassinato da própria filha, Ísis Helena, de apenas um ano e dez meses.

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Jennifer estava em Tremembé desde abril de 2020, quando confessou o crime. A unidade Santa Maria Eufrásia é conhecida nacionalmente por abrigar presas de casos com grande repercussão e comoção, como Elize Matsunaga e Suzane von Richthofen.

Advogado acreditava em reviravolta no caso

O advogado de Jennifer, em entrevista ao portal UOL nesta quarta-feira (24/02), disse que acreditava em uma reviravolta no julgamento do caso. William Cesar Pinto de Oliveira afirmou que a acusação de assassinato poderia ser retirada, já que a morte do bebê foi acidental. 

No entanto, por mais que o Willian acredite que sua cliente poderia ser inocentada pela morte de Ísis Helena, ele também tem a consciência de que a ré seria condenada de qualquer maneira pela ocultação do cadáver da filha, já que a própria Jennifer confessou que enterrou o bebê.

Relembre o caso

Nascida prematuramente e com microcefalia, Ísis Helena tomava remédios controlados. O bebê foi considerado desaparecido em março de 2020, quando Jennifer acionou a polícia para dizer que deixou Ísis com o avô e, quando retornou, encontrou a casa aberta e nenhum vestígio do bebê.

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Antes do caso, Jennifer já teria sido denunciada para o Conselho Tutelar, por conta de maus tratos e, por isso, a polícia passou a investigar se a própria mãe teria participação no desaparecimento da filha.

Jennifer acabou por confessar o crime e disse inicialmente que a filha estava doente, então lhe deu uma mamadeira com remédio e a deixou dormir com a barriga para cima. No dia seguinte, ela teria encontrado Ísis Helena asfixiada com o leite. Após constatar a morte da criança, Jennifer jogou o corpo do bebê em um rio. Alguns dias depois, a mãe mudou esta versão e contou à polícia o local em que enterrou o corpo da filha, que foi encontrado em abril.