O Auxílio Emergencial está bem próximo de ter a sua volta oficializada. Inicialmente quase irredutível, o governo federal acabou cedendo à pressão exercida por parlamentares e garantiu que o programa que contemplou 68 milhões de brasileiros no ano passado será prorrogado.
De acordo com informações do jornal Correio Braziliense, o governo já definiu o regresso do benefício com quatro parcelas que serão pagas entre março e junho. O valor máximo de cada parcela será de R$ 250, representando um gasto de R$ 40 bilhões, – destes, R$ 30 bilhões serão bancados por meio do aumento da dívida pública, e o restante será através do orçamento do Bolsa Família.
A expectativa é que até 40 milhões de brasileiros sejam atendidos nesta nova fase do programa. Será efetuado um amplo cruzamento no banco de dados dos brasileiros que receberam o Auxílio Emergencial no ano passado, havendo uma filtragem.
PEC
As cifras que serão pagas na prorrogação serão definidas através de uma medida provisória que será editada após o Congresso aprovar a proposta de emenda à Constituição (PEC) Emergencial.
Ainda segundo o jornal, a tendência é que a PEC seja votada até a próxima quinta-feira (25), com dois turnos no Senado, e dentro de duas semanas, na Câmara dos Deputados.
Caso o ciclo avance como o previsto, o governo federal já visa efetuar o pagamento da primeira cota no próximo mês.
Alto gasto
Criado em abril do ano passado para ser um alento aos brasileiros por conta da crise diante da pandemia do coronavírus, o Auxílio Emergencial teve, ao todo, nove parcelas. As cinco primeiras cotas foram no valor de R$ 600 – R$ 1.200 para mães solteiras chefes de família – e posteriormente mais quatro cotas de R$ 300 – R$ 600 para mães solteiras. Computando todas as parcelas, os gastos atingiram a casa dos R$ 300 bilhões.