Mulher morre por Covid-19 nos braços do marido e dos filhos; a família está arrasada

Os familiares alegam que a mulher de 41 anos morreu, porque faltou respiradores e também vaga nos hospitais.

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Nara Regina Rosa tinha 41 e é mais uma vítima fatal da Covid-19. O óbito dela ocorreu na manhã de ontem (19), quando estava em casa, nos braços do marido e também dos filhos, deixando todos desolados. A família mora em Florianópolis, no bairro Capoeiras, e culpa a falta de respiradores e de vagas nos hospitais da cidade pela morte de Nara.

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Ela era portadora de uma severa doença pulmonar e, alguns dias antes de morrer, testou positivo para a Covid-19, sendo que os sintomas mais graves da doença logo começaram a aparecer.

A família de Nara a levou até o Hospital Florianópolis, onde ficou em observação após ser atendida. Ela ficou no hospital das 14h às 23h, sendo liberada para ir embora, pois a equipe médica constatou que a pressão arterial dela estava controlada.

O hospital informou à família que não havia vagas no momento, mas que poderiam ficar tranquilos que o tratamento de Nara seria feito em casa mesmo. Mas a situação foi ficando cada vez mais complicada, porque os medicamentos não surtiram os efeitos esperados e o quadro da paciente foi piorando cada vez mais.

Ontem a família chamou uma ambulância e, segundo a sogra de Nara, o atendente informou que nem adiantava ir buscar a paciente, porque na rede hospitalar não havia vagas. “Fomos abanando, fazendo o que podíamos por ela. Meu filho telefonou novamente, e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) veio, mas não adiantava mais“, disse a senhora Eliane Frassetto.

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Ainda de acordo com a sogra de Nara, a família seguiu todos os procedimentos que foram passados por telefone, colocando a mulher no chão e até fazendo massagem em seu peito, mas ela morreu nos braços do marido e dos três filhos, um de 19 anos, outro de 18 e o mais novo tem apenas 12 anos.

Nara já trabalhou como empregada doméstica, mas aposentou-se por invalidez e lutava contra uma doença pulmonar, inclusive estava na fila para ser atendida no Hospital da Universidade Federal de Santa Catarina. Os familiares não têm dúvida que Nara morreu, porque não tinha respirador e nem vaga em um hospital.