Já é dada como certa a volta do Auxílio Emergencial, já que a pandemia vem ganhando força em vários estados brasileiros e a vacinação segue em ritmo lento. Para os analistas ouvidos pelo portal G1, há recursos que podem ser utilizados, que estão dentro do Orçamento, assim o Governo Federal poderia bancar o benefício novamente, sem se preocupar com o aumento da dívida e o rombo nas contas públicas.
Economistas não têm dúvida de que o governo precisa escolher onde cortar gastos e, assim, verá o dinheiro do Auxílio Emergencial aparecer rapidamente. Mas tudo indica que não é isso que acontecerá.
Pelo que a equipe econômica e o Congresso estão indicando, o retorno do Auxílio Emergencial deverá ser bancado por créditos extraordinários e que não estão submetidos ao teto de gastos, que foi criado em 2016 justamente para não deixar o governo gastar mais de que deveria.
“Provavelmente, o que vai acontecer é a edição de um crédito extraordinário. Essa medida vai contornar o teto, mas vai afetar o déficit primário. É uma despesa nova“, explicou Felipe Salto, que é diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI).
A meta do governo hoje é aprovar uma PEC que possibilite a criação de alguns mecanismos que controlem as contas públicas, podendo incluir a chamada cláusula de calamidade, assim seria possível ter dinheiro para o pagamento do auxílio emergencial. Mas os economistas acreditam que o ajuste ficará apenas na promessa e, na prática, a situação será bem diferente.
Os especialistas ouvidos pelo G1 também apontam diversos caminhos que poderiam ser seguidos pelo governo e que não criariam esta despesa extraordinária, mas teria que cortar gastos de alguns setores e mexer no salário de servidores e até mesmo militares.