Camelos podem originar próxima pandemia; vírus é 10 vezes mais mortal do que a Covid-19

Cientistas estão acompanhando estes animais muito usados no Oriente Médio, Ásia e África.

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A pandemia do coronavírus já matou mais de 2,4 milhões de pessoas em todo o mundo. O vírus se disseminou a partir da China, no fim de 2019, e chegou a praticamente todo o planeta. Acredita-se que o coronavírus tenha se originado em animais e posteriormente chegado à espécie humana.

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De acordo com dados do Predict, um projeto de cooperação internacional formado por especialistas em doenças infecciosas, 75% das doenças emergentes em seres humanos se originam em animais. Diante disso, um novo animal começa a despertar preocupação: o camelo.

Este animal está provocando medo nos cientistas. Em algumas regiões do planeta, como África, Oriente Médio e Ásia, a criação de camelos é algo comum e muitas sociedades dependem deste animal com corcovas para diversas atividades.

Segundo a pesquisadora Millicent Minayo, da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, qualquer pessoa que esteja em contato com este animal pode pegar a infecção Mers – sigla em inglês para síndrome respiratória do Oriente Médico. O Mers provou até o momento que pode ser pelo menos 10 vezes mais mortal do que a Covid-19.

O Mers foi descoberto em 2012, na Arábia Saudita. Quatro anos depois, a Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou 1.761 casos confirmados e 629 mortes. Esse contato do homem com o camelo também tem a ver com a própria ação do homem no meio ambiente. Por causa da seca, muitos pastores tiveram que trocar vacas e outros bichos por este animal mais resistente à seca. O camelo pode ficar semanas sem beber água.

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