A pandemia do coronavírus segue assolando a população nacional em larga escala. Com o cenário de crise econômica impactando a vida de milhares de brasileiros, cresce a expectativa em torno de uma possível nova rodada de pagamentos do Auxílio Emergencial. Nos bastidores da política, o tema tem sido um dos mais comentados, e há uma intensa movimentação de parlamentares, que buscar a renovação do programa.
Na última segunda-feira (01), o Congresso Nacional elegeu os novos presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Peixoto (DEM-MG). Recém-eleitos, os dois parlamentares deixaram nas mãos do ministro da Economia, Paulo Guedes, a possibilidade do Auxílio Emergencial ser retomado.
De acordo com a revista Veja, os dois querem mostrar total alinhamento com o responsável pela pasta, e não vão trabalhar pela renovação do programa casso não seja do interesse de Guedes. Vale lembrar que os dois tiveram as suas respectivas candidaturas apoiadas pelo governo, que desde o início não tem sido favorável à decisão de prorrogar o benefício em 2021.
Caso Guedes sinalize positivamente, rapidamente Lira e Peixoto colocarão o benefício para ser aprovado no Congresso Nacional.
O Ministério da Economia, por sua vez, já tem alguns planos para lançar como alternativa para contornar o cenário de crise, sem necessariamente estender o Auxílio Emergencial. A pasta pode promover antecipação do 13º salário de aposentados e saque de FGTS, entre outras medidas.
Condições
Na última semana, Paulo Guedes disse que a retomada do Auxílio Emergencial só viria se o país passasse a registrar uma alta expressiva nos números de casos e o processo de vacinação atrasasse significativamente.
Como condição para voltar com o programa, o responsável pela pasta ainda sinalizou que seria necessário cortar verbas de outros setores para viabilizar pagamentos em larga escala.
“Quer criar o auxílio de novo? Tem que ter muito cuidado, pensa bastante. Se fizer isso, não pode ter aumento automático de verbas para educação e segurança pública, porque a prioridade passou a ser a guerra”, disse Guedes.