Greve dos Caminhoneiros 2021: protestos começam mesmo com apelo de Bolsonaro e áudio de ministro

Alguns caminhoneiros pararam na rodovia Castello Branco, que liga a capital São Paulo ao oeste do estado.

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A greve dos caminhoneiros estava marcada para começar nesta segunda-feira (1º). Nos últimos dias muito se falou sobre a paralisação da categoria. Em 2018, quando os caminhoneiros pararam, a situação no Brasil ficou complicada. Muita gente tem na memória os efeitos daquela greve.

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Naquele momento, o Brasil era presidido por Michel Temer (MDB). Atualmente, a nação está sob o comando de Jair Bolsonaro (sem partido). Bolsonaro goza de grande prestígio entre os caminhoneiros. Este grupo o apoiou nas eleições de 2018.

Na sexta-feira (29), uma liderança dos caminhoneiros afirmou à revista Veja que não haveria greve porque Bolsonaro é respaldado pela categoria. O presidente fez apelo para que não houvesse greve e acenou os caminhoneiros incluindo a categoria no grupo prioritário para a vacina contra a Covid-19.

Além disso, Bolsonaro prometeu desonerar o preço do Diesel. O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Guedes, gravou um áudio explosivo dizendo que não dialogaria com grevistas. O ministro também pediu aos caminhoneiros que desmamassem do governo Bolsonaro.

Apesar de tudo isso, a greve foi iniciada nesta segunda. Duas pistas da Rodovia Castello Branco, em São Paulo, foram interditadas. A manifestação ainda é tímida e não deve crescer, além disso. O governo deve estar monitorando tudo o que acontece para saber se precisará tomar alguma ação mais enérgica a fim de conter o avanço da paralisação.

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O Brasil depende muito dos caminhoneiros para fazer o escoamento de produção do interior do país para o Porto de Santos e para as grandes cidades. Sem os motoristas de caminhão, o país fica imóvel. Por este motivo, a greve de 2018 afetou tanta gente.