A possível volta dos pagamentos do Auxílio Emergencial é um dos assuntos mais comentados nas últimas semanas. Criado pelo Governo Federal, o programa contemplou mais de 68 milhões de brasileiros no ano passado. Diante do cenário ainda caótico na luta contra a pandemia, cresce a expectativa dos beneficiários em torno de uma possível volta da ajuda.
Embora o governo tenha relutado quanto a uma possível prorrogação do benefício em 2021, a movimentação de parlamentares no Congresso Nacional tem sido intensa nos últimos dias, com diversos projetos de lei sendo protocolados.
A partir desta próxima semana, o cenário em torno de uma possível volta dos pagamentos do programa deve se movimentar ainda mais. Isto porque, as atividades no Congresso serão retomadas após o recesso de final de ano. Nesta segunda-feira (01), a Câmara dos Deputados e Senado escolhem seus respectivos presidentes, e depois disso, a discussão do Auxílio Emergencial ganhará espaço.
Prioridade
Uma das candidatas à presidência do Senado, Simone Tebet (MDB-MS) discursou na última quinta-feira (28), que uma das suas prioridades se eleita será dar prioridade ao cronograma de imunização contra a Covid-19 e à restauração de um auxílio emergencial “dentro dos limites da responsabilidade fiscal”.
Além dela, postulantes ao cargo, tanto do Senado quanto na Câmara dos Deputados, têm discursado de forma favorável a uma possível extensão do programa em 2021, destacando que a situação de pandemia tem deixado milhares de brasileiros em condição vulnerável.
Na Câmara, os candidatos Baleia Rossi (MDB-SP) e Arthur Lira (PP-AL), que polarizam a disputa pelo pleito, já manifestaram apoio ao retorno do benefício, desde que o teto de gastos seja respeitado.
Oficialmente, o Governo Federal tem se mostrado praticamente irredutível sobre o assunto. Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, em sua live, que se o Auxílio Emergencial for retomado o Brasil ficará quebrado.