Brasileira de 21 anos viaja para Argentina para abortar: ‘Não terei um filho que não quero’

Conforme relatos, a jovem relatou que sentiu-se aliviada após fazer o procedimento legal.

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Uma jovem identificada como Sara, de 21 anos, fez um empréstimo de R$ 5 mil reais e viajou para Buenos Aires, na Argentina, para fazer um aborto.
Ter um filho que não quero e sem condições de criá-lo, e ser forçada, seria uma tortura. Então, quando encontrei esse método legal, foi um grande alívio“, disse Sara. 

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A viagem da jovem foi registrada pela Associated Press e a TV alemã DW. Além de Sara, outra mulher de 25 anos também viajou para a Argentina para interromper a gravidez. Sara não deu muitos detalhes da cidade onde mora para não sofrer ataques nas mídias sociais, pois o aborto no Brasil é considerado crime.

No dia 30 de dezembro, milhares de argentinas comemoraram a legalização do aborto até a 14ª semana. Não seria mais apenas devido a estupro ou risco de vida para a mãe. A jovem relatou que foi uma luz no fim do túnel após descobrir que fazendo um aborto na Argentina ela não estaria cometendo nenhum crime. O aborto da jovem foi realizado no dia 14 de dezembro.

De acordo com Débora Diniz, pesquisadora de estudos latino-americanos da Brown University, citada pelo Infobae, devido à legalização do aborto na Argentina, as mulheres não precisarão mais ir para os Estados Unidos para abortar.

O aborto no Brasil é considerando crime e pode pegar até três anos de cadeia e essa pena é dobrada para quem realizou o aborto. Porém, o código penal brasileiro permite a interrupção da gravidez apenas em caso de estupro. 

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Em agosto do ano passado, uma menina de 10 anos fez um aborto após ficar grávida do tio. O caso gerou uma grande revolta no país onde muitos condenaram o aborto.
A vontade da menina é soberana”, decidiu o desembargador Antônio Moreira Fernandes, do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo.