João Doria desmente Bolsonaro sobre 5,4 mil litros de insumos da Coronavac: ‘engenheiros de obra pronta’

O governador de São Paulo, João Doria, afirma que a negociação com a China foi feita pelo governo de São Paulo e pelo Instituto Butantan.

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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), usou suas redes sociais para fazer críticas ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), após o presidente ter anunciado no Facebook que a China liberou a exportação de 5,4 mil litros de insumo para a produção do imunizante Coronavac no Brasil.

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Na publicação, Bolsonaro chegou a agradecer o empenho de alguns profissionais do governo federal, como os ministros Eduardo Pazuello, Ernesto Araújo e Tereza Cristina. Além disso, o mandatário ainda destacou a “sensibilidade do Governo chinês”, mas em nenhum momento citou o governo de São Paulo.

Momentos depois do anúncio de Bolsonaro, Doria movimentou o seu Twitter com uma publicação rebatendo as declarações do presidente, afirmando que toda a negociação com a China para a liberação do material partiu do governo de São Paulo e do Instituto Butantan.

Doria diz não ser verdade as informações divulgadas pelo mandatário, de que a negociação com o governo chinês foi uma realização do governo federal. Em seguida, o governador garante que toda a negociação foi realizada pelo Butantan e pelo Governo de São Paulo. E não foi só isso, Doria afirmou ainda que até o momento “só atrapalharam” o trabalho que eles têm realizado “em prol da ciência e da vida”. “São engenheiros de obra pronta”, declarou o governador, que finalizou dizendo: “Vergonha”.

Contudo, mesmo com as declarações de Doria, o embaixador da República Popular da China, na República Federativa do Brasil, Yang Wanming, comentou na postagem de Bolsonaro sobre os insumos. Wanming afirmou que a “China está junto com o Brasil” na luta contra a Covid-19, por isso, continuarão a ajudar o Brasil em tudo que estiver dentro do seu alcance.

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