Responsável por reanimar a economia nacional no ano passado em tempos de pandemia do coronavírus, o Auxílio Emergencial teve o seu calendário de pagamentos concluído no mês passado. Contudo, diante da situação ainda alarmante por conta da pandemia, uma forte discussão sobre uma possível extensão do programa tem sido vista nos últimos dias.
Nos bastidores do Congresso Nacional, diversos parlamentares já se mobilizaram apresentando projetos de lei visando uma volta do benefício em 2021. Autor de um dos projetos, o deputado federal Chiquinho Brazão (Avante-RJ) voltou a reforçar a necessidade da continuidade do programa para o povo brasileiro por conta da pandemia.
“A curto prazo, não temos outra escolha. A Câmara como um todo é favorável pela extensão dos R$ 600 para que tenhamos uma luz no fim do túnel”, afirmou o parlamentar em entrevista concedida ao CNN Business, revelando também um possível prazo para a discussão da pauta.
“Devido ao momento, mesmo com o avanço da vacina, eu acredito que a votação pode ser em fevereiro”, pontou Brazão.
Altas cifras
Em nove meses de existência, o Auxílio Emergencial representou um gasto de mais de R$ 288 bilhões aos cofres públicos, atendendo um quantitativo de 68 milhões de beneficiários. As primeiras cinco cotas do programa foram fixadas em R$ 600. Posteriormente, houve o pagamento de mais quatro parcelas adicionais, no valor de R$ 300.
Em um primeiro momento, o governo federal se mostrou praticamente irredutível quanto à uma possível extensão do benefício nestes primeiros meses do ano. Contudo, já há uma mudança de postura. De acordo o site Valor Econômico, o presidente Jair Bolsonaro é favorável ao retorno do Auxílio Emergencial, mas deixou claro que para isso será necessário viabilizar uma PEC Emergencial, para que o teto de gastos do governo não seja rompido.