Auxílio Emergencial: prorrogação do benefício ganha força; conheça cinco motivos para acreditar na extensão

Benefício conta no momento apenas com a liberação de saques e transferências.

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Alento de milhares de brasileiros no último ano diante do cenário de crise impactado por conta da pandemia da Covid-19, o Auxílio Emergencial teve a sua última remessa de pagamentos na poupança digital realizada no mês passado. Contudo, diante do cenário ainda caótico da pandemia, há uma grande expectativa por parte dos beneficiários do programa ser retomado em 2021.

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Nas últimas semanas, a possibilidade do benefício ter um calendário de pagamento viabilizado para os próximos meses têm crescido. Veja a lista com cinco motivos para acreditar na manutenção do programa, que em 2020, atendeu 68 milhões de brasileiros, tirando muitas famílias da situação de extrema pobreza. 

Queda de popularidade de Bolsonaro

Nesta semana, o Datafolha publicou os resultados de uma pesquisa feita acerca da popularidade do presidente Jair Bolsonaro. Os índices de reprovação sobre o governo do atual chefe do Executivo cresceram, saltando de 32% para 40%. O fim dos pagamentos do Auxílio Emergencial e o posicionamento do presidente diante da “segunda onda” da Covid-19 no país impulsionaram essa subida.

De acordo com o site Valor Econômico, do Grupo Globo, Bolsonaro já sinaliza positivamente quanto a uma possível extensão do benefício, mas não quer extrapolar o teto de gastos, seguindo a cartilha de Guedes. A alternativa seria viabilizar o retorno do benefício através de uma PEC Emergencial.

Movimentação dos parlamentares

Antes mesmo da conclusão de pagamentos do programa, deputados e senadores já se mobilizavam no intuito de lutar por uma nova prorrogação do Auxílio Emergencial. Atualmente, há mais de cinco projetos que já foram protocolados no Congresso, pedindo a extensão do decreto do estado calamidade pública e da volta do benefício.

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A Casa, por sua vez, ainda não tem previsão de pautar os pedidos. Mas diante da forte movimentação dos parlamentares, isso já pode ser feito na retomada das atividades no Congresso, que volta de recesso no dia 1 de fevereiro. 

Candidatos ao Senado e à Câmara

A volta dos trabalhos no Congresso será marcado pelas eleições ao cargo de presidente na Câmara dos Deputados e no Senado. Questionados sobre o assunto, boa parte dos candidatos já sinalizaram positivamente à ideia de viabilizar a renovação do Auxílio Emergencial.

E isso se aplica até mesmo em dois candidatos apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro: Arthur Lira (PP-AL) – candidato à presidência da Câmara – e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) – candidato ao Senado. Isto denota que a pauta em breve deve ser discutida no Congresso. 

Cenário caótico

As últimas semanas têm sido marcadas por um aumento exponencial de novos casos de infecção e mortes em decorrência da Covid-19. Muitos estados voltaram a adotar medidas restritivas como forma de conter a disseminação do vírus, impactando diretamente no fechamento de comércio e demissões em larga escala. 

No final do ano passado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a dizer que se o país vivenciasse uma “segunda onda” da Covid-19, o Auxílio Emergencial seria retomado. Contudo, o responsável pela pasta mudou o discurso dias depois. Diante da forte pressão por conta desta situação de calamidade, a volta do programa voltou a ser pautada.

Estados juntos 

Por fim, na última sexta-feira (22) secretários de Fazenda de 18 Estados enviaram uma carta aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-RR), pedindo que o Auxílio Emergencial seja retomado em 2021. Na solicitação, eles sugerem postergar o benefício por mais seis meses. 

A continuidade de tal medida é essencial para não colocar milhares de famílias em situação de fome e desamparo social”, disseram os secretário em um trecho da carta.