Especialista fala sobre retrospectiva de aprendizado e dá dicas de metas para o ano novo

Competência está em segundo lugar no relatório do Fórum Econômico Mundial.

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O Fórum Econômico Mundial publicou o relatório “O Futuro do Trabalho”, que analisa o cenário e cita as mudanças que podem ocorrer até 2025. Dentre as competências profissionais mais requisitadas para os próximos anos, em segundo lugar está ‘Aprendizado ativo e estratégias de aprendizado’, reforçando a importância de permanecer sempre aprendendo independente do cargo que ocupa. Segundo a doutora em linguista Vívian Cristina Rio Stella, que desenvolve projetos e cursos na área de lifelong learning – aprendizagem ao longo da vida, fazer uma retrospectiva do que foi aprendido em 2020 pode trazer novos insights e reforçar as metas de aprendizado para o ano novo.

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“Você pode separar uma folha de caderno, um bloco de post it, abrir um arquivo no word ou usar aplicativos como slack, trello. O importante é listar, escrever, para materializar pensamentos, ideias. Pode ser 5 minutos por semana neste mês de dezembro, mas se quiser aprofundar a reflexão, faça 5 minutos por dia ou 30 minutos na semana”, sugere. A especialista recomenda que a retrospectiva seja incluída na agenda, já que deve fazer parte da vida e do trabalho. “Ou simplesmente pratique a escrita livre respondendo a pergunta: quais foram os maiores aprendizados de 2020? O que eu aprendi vendo, ouvindo, vivenciando pelas emoções, errando?”, destaca. 

Aproveitando a energia de renovação do último mês do ano, Vivian ressalta duas dicas de metas de aprendizado para aplicar em 2021: 

  • Programar na agenda um tempo para aprender, mesmo que seja um período pequeno no início. “Como academia, não dá pra fazer tudo de uma só vez e nunca mais ir, tem que ir construindo um hábito, tem que fazer parte da rotina”; 
  • Perguntar-se sempre: o que acontece se eu não aprender isso nos próximos 3 meses, 1 ano, 3 anos? Isso faz com que o senso de necessidade fique bem claro.

“Pesquisas apontam que 50% da força de trabalho precisa passar por reskilling nos próximos anos, então não podemos nos deixar levar pela rotina corrida e deixar aprendizado fora do radar”, pontua.

Para quem não está habituado em manter a aprendizagem na rotina, Vivian enfatiza: “As primeiras perguntas são (que vale colocar em post it, escrever em um caderno ou arquivo): o que eu quero aprender, por que e como?”.

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A partir desses questionamentos, a facilitadora recomenda explorar os motivos, as intenções, para evitar cair em modismos e fazer escolhas com motivações reais.

Quanto ao ‘como’, as pessoas devem enxergar que o aprendizado ocorre nas mais diferentes situações da vida e nem sempre depende de um especialista ou um professor mediando a aprendizagem. Nesse sentido, vale a pena seguir perfis que tratem de temas de seu foco de aprendizado, conversar com pessoas com um olhar aberto e empático, ver vídeos e séries, ouvir podcasts, e separar um tempo para experimentar e aprender na prática.

“Digo isso para a pessoa não sair se inscrevendo em cursos, mesmo que estejam abertos e gratuitos, porque muita gente se frustrou ao se matricular em vários cursos e não terminar nenhum”, finaliza. Aprender ocorre por toda a vida e permeia a vida, por isso, ressignificar o que, por que e como aprender são essenciais nesse novo ano e nos próximos que virão com ainda mais transformações.