Mônica Calazans, de 54 anos, foi a primeira pessoa a receber a vacina contra a Covid-19 no Brasil. Ela trabalha como enfermeira na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Emílio Ribas, referência de atendimento a pacientes com doenças infectocontagiosas.
A história de vida de Mônica tem sido destrinchada pela imprensa. A mulher de 54 anos trabalha no Emílio Ribas desde maio, quando a pandemia já havia começado. Mônica faz parte do grupo de risco para a Covid-19 por ser obesa, hipertensa e diabética.
A enfermeira mora no bairro de Itaquera, zona leste da capital paulista. De família humilde, Mônica mora com o filho de 30 anos. A mãe, uma idosa de 72 anos, mora em outra casa no mesmo quintal. No Emílio Ribas, a enfermeira trabalha em dias alternados, com escalas de 12 horas de trabalho.
UMA EXPLICAÇÃO IMPORTANTE! A enfermeira foi vacinada porque ela fez parte do estudo clínico e tomou placebo. Agora, ela tem direito à vacina. Governo de SP usou esse recurso pra sair na frente. pic.twitter.com/GAImrXipSd
— Erlan Bastos (@erlan_bastos) January 17, 2021
Por que Mônica Calazans foi escolhida?
Nas redes sociais, muitos internautas estão se perguntando: por que Mônica foi a primeira pessoa escolhida? Embora haja critérios subjetivos, como o fato de ela ser do grupo de risco, ser mulher, negra e pobre, o que contou mesmo foi o fato de a enfermeira ter participado dos testes clínicos da vacina.
Globo News explica que a enfermeira pôde ser vacinada porque ela fez parte do estudo clínico e tomou placebo. Agora, ela tem direito à vacina. Governo de SP usou esse recurso pra sair na frente.
— João Alvarenga (@joaooalvarenga) January 17, 2021
Mônica Calazans recebeu placebo nos testes. Agora, diante da autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o uso emergencial da CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, a enfermeira tinha direito à vacina e acabou escolhida pelo Butantan e pelo Governo de São Paulo. Nos próximos dias, a vacinação deve começar oficialmente em todo o país.