O relato estarrecedor do homem que viu a sogra morrer sem oxigênio em um hospital de Manaus

A mulher, infectada pelo coronavírus, estava internada e sem oxigênio; ela acabou vindo a óbito.

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Na semana passada, o Brasil ficou atônito diante do caos que se instalou em Manaus quando os hospitais avisaram que estavam sem oxigênio para fornecer aos clientes internados em suas dependências e com isto muitos acabaram morrendo.

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Francisca Elisabete Costa, 45 anos, foi uma das vítimas desse caos, ela testou positivo para a Covid-19 e apresentando os sintomas graves da doença precisou ser internada. Na madrugada desta última sexta-feira (15), ela morreu porque o suprimento chegou ao fim. 

O genro de Francisca, Denis Lopes Santana, estava ao lado dela e ficou arrasado por não poder fazer nada. Ele pediu ajuda aos profissionais do hospital pronto-socorro São Raimundo, mas todos estavam desesperados e outros pacientes morriam por falta de oxigênio. 

Outros hospitais anunciaram que também estavam sem oxigênio e até agora ninguém sabe ao certo quantas pessoas morreram devido a este problema. A Secretaria de Saúde do Amazonas já foi questionada a respeito da morte desta paciente em específico, mas não deu nenhuma resposta até o momento. 

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O genro da vítima disse que ela apresentou os sintomas da doença no último dia de dezembro, mas eram brandos. “Ela estava trabalhando normalmente no comércio antes do lockdown. Quando foi segunda-feira ela já não foi trabalhar, foi para o médico e teve direito a um atestado de 15 dias. Mas ela deu entrada na quarta-feira passada com muita falta de ar“, explicou Denis. 

Ele contou ao portal UOL que a falta de oxigênio foi determinante para que o quadro da sogra piorasse rapidamente e ela viesse a óbito. A família se encontra em choque e o sentimento é de indignação, mas futuramente poderão abrir um processo.