Após menosprezar Coronavac, Bolsonaro muda de ideia e Ministério da Saúde quer todo o estoque da vacina

Ministério da Saúde mandou ofício para o Instituto Butantã exigindo que todo o estoque seja entregue ao Governo Federal.

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O presidente Jair Bolsonaro, em diversas ocasiões, menosprezou os testes feitos pelo Instituto Butantã sobre a vacina CoronaVac. Nos últimos três meses, foram muitas críticas sobre a eficácia da vacina, inclusive, Bolsonaro desautorizou a abertura de um protocolo, no qual, o ministro da saúde, Eduardo Pazuello teria autorizado a compra de 46 milhões de doses da vacina, fato que teve grande repercussão na imprensa, pois o acordo de compra teria sido firmado entre o ministro e os governadores.

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Agora, ao que parece, a percepção do presidente mudou, e segundo informações da CNN Brasil, o Ministério da Saúde enviou um ofício ao Instituto Butantã exigindo que todo o estoque da vacina seja entregue ao governo federal, pois de acordo com o documento, a União é a responsável pela operacionalização do Plano Nacional de Imunização.

Bolsonaro disse que CoronaVac era a vacina chinesa de João Doria

Trazida ao Brasil pelo governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB), a CoronaVac seria utilizada somente no estado de São Paulo, já que Bolsonaro se mostrou irredutível em relação à compra das doses da vacina para aplicação nacional, a chamando de ‘vacina chinesa de João Doria’.

A produção da vacina somente ocorreu após uma parceria entre o Instituto Butantan e farmacêutica Sinovac Life Science, do grupo Sinovac Biotech, de origem chinesa. Agora, os últimos ensaios e testes estão sendo feitos pela Anvisa e a promessa de João Doria é a de que a vacinação comece no próximo dia 20 de janeiro em São Paulo.

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Ofício do Ministério da Saúde chegou após adiamento de voo para Índia

Publicamente, Jair Bolsonaro afirmou que traria da Índia, 2 milhões de doses da vacina de Oxford, no entanto, o avião fretado que traria as doses não alçou voo na data prevista, pois é necessário aguardar um período de dois a três dias. A declaração do presidente foi feita na sexta-feira (15), no programa ‘Brasil Urgente’, de José Luiz Datena.

Segundo a CNN Brasil, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia, Anurag Srivastava afirmou que exportações da vacina ainda estão muito precoces, pois o programa de imunização indiano ainda está só no começo.