Com caos em Manaus e 200 mil mortes no país, Bolsonaro recomenda tratamento contra a Covid

Tratamento precoce recomendado pelo presidente não tem evidência científica favorável.

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O Brasil vive um momento delicado em relação à pandemia do coronavírus. Em todo o país, o número de óbitos, por causa da Covid-19, passa da marca de 200 mil. O Brasil é o segundo país em número de mortes em todo o mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

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A situação é grave de norte a sul e pior ainda no Amazonas. A cidade de Manaus vive um colapso em seu sistema de saúde e registra muitas mortes diariamente. De ontem para hoje, a capital do Amazonas virou notícia, por causa das mortes causadas pela falta de cilindros de oxigênio.

Sem esse insumo básico, mais vidas podem ser perdidas. Aviões da Força Aérea Brasileira transportaram cilindros de oxigênio para abastecer os hospitais da capital do Amazonas. A situação é preocupante por lá. Em meio a tudo isso, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se manifestou nas redes sociais.

No Twitter, Bolsonaro voltou a recomendar o tratamento precoce para evitar complicações da Covid-19. “Estudos clínicos demonstram que o tratamento precoce da Covid, com antimaláricos, podem reduzir a progressão da doença, prevenir a hospitalização e estão associados à redução da mortalidade”, escreveu o presidente.

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O comentário era acompanhando de um vídeo do jornalista Alexandre Garcia. Comentarista da CNN, Garcia citou a indicação de tratamento precoce feito por uma revista científica. Entre os remédios citados pelo jornalista estão a hidroxicloroquina. 

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) se manifestou sobre o tratamento precoce contra a Covid-19 ontem (14). “Não existe comprovação científica de que esses medicamentos sejam eficazes contra a Covid-19”, informou a entidade.