‘A mataram de qualquer jeito’, diz advogada de mulher executada nos EUA

Lisa Montgomery, condenada por matar uma gestante e extrair o bebê, foi a primeira mulher a ser executada em nível federal desde 1953.

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Nesta terça-feira, 13, o estado de Indiana executou a única mulher que estava no corredor da morte dos Estados Unidos. Além disso, Lisa Montgomery também entra pra história ao ser a primeira mulher executada em nível federal desde 1953.

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A execução, que aconteceu por meio de uma injeção letal no complexo penitenciário de Terre Haute apenas algumas horas depois que a Suprema Corte levantou a suspenção que havia sido ordenada pelo tribunal federal. Às 1h30 desta terça-feira, 13, a morte de Montgomery foi confirmada por jornalistas que acompanharam a execução.

Lisa se recusou a exercer o seu direito de pronunciar as últimas palavras. Ao invés disso, ela optou por responder “não” quando um dos responsáveis pela execução descobriu o seu rosto e lhe perguntou suas últimas palavras.

De acordo com a imprensa local, advogada de Lisa, Kelley Henry, afirmou que a constituição do país proíbe a execução dos condenados que não conseguem compreender racionalmente o porquê do procedimento e ressalta que o governo sabe disso. Mesmo assim, a defensora diz que “a mataram de qualquer jeito”. “Deveriam sentir vergonha”, terminou a advogada da condenada.

Em 2007, Lisa Montgomery, de 52 anos, foi condenada por matar no ano de 2004 uma jovem de 23 anos que estava gestante de oito meses e, em seguida, extrair o bebê do corpo da mãe. Mais tarde, o bebê fo recuperado e salvo pelas autoridades.

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Segundo argumentos feitos pelos defensores de Lisa durante o julgamento, ela sofria de uma doença mental que decorreu de abusos sexuais que ela sofreu na infância.