CoronaVac: por que não dá para afirmar que a eficácia contra casos graves é de 100%

Vacina é produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês SinoVac.

PUBLICIDADE

O Instituto Butantan divulgou, nesta terça-feira (12), que a eficácia global da CoronaVac, vacina produzida pelo Instituto em parceria com o laboratório chinês Sinovac, é de 50,38%. Diante da divulgação de hoje, muita gente ficou confusa e sem entender os dados.

PUBLICIDADE

A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) que é a eficácia das vacinas seja superior a 50%. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) segue a OMS. Portanto, a CoronaVac atende a este requisito.

O Instituto Butantan já pediu autorização para uso emergencial da vacina, produzida em parceria com a Sinovac, à Anvisa. A agência analisou os dados, pediu informações complementares e a análise segue sendo feita. Após autorização da Anvisa, os estados começam a vacinar entre três e quatro dias, informou ontem o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.


E se eu for vacinado contra a Covid-19?

De acordo com os dados do Instituto Butantan, uma pessoa vacinada com a CoronaVac correrá o risco de se contaminar com a Covid-19. Mas, se isso acontecer, em 78% dos casos a pessoa será assintomática. Em 22% dos casos, apresentará sintomas leves da doença. 

PUBLICIDADE

https://twitter.com/RodrigoMenegat/status/1349043485349969921

Em relação aos 100% de eficácia contra casos graves, o Instituto Butantan informou que não dá para cravar esta informação por uma questão de equivalência estatística. Como foram poucos os casos graves, apenas sete, fica inviável garantir que foi o efeito da vacina ou apenas o acaso. Apesar disso, a CoronaVac é vista com bons olhos pela comunidade cientifíca.

Desde o começo da pandemia, mais de 200 mil pessoas morreram em decorrência da doença causada pelo coronavírus no país. São mais de oito milhões de infectados. Em todo o mundo, são mais de 1,8 milhão de óbitos, por causa da doença.