Juiz bloqueia execução de única mulher no corredor da morte nos EUA; saúde mental preocupa

Execução de Lisa Montgomery estava marcada para esta terça-feira (12).

PUBLICIDADE

Lisa Montgomery seria executada nesta terça-feira (12). A mulher de 52 anos está presa na penitenciária de Terre Haute, no estado de Indiana, nos Estados Unidos. Na véspera da execução, o juiz federal James Patrick Hanlon bloqueou a ação e impediu, momentaneamente, que a mulher levasse a injeção letal que vai tirar-lhe a vida.

PUBLICIDADE

O que chama a atenção, pelo menos para quem não entende o sistema de punição norte-americano, é o fato de o juiz justificar a decisão alegando que a saúde mental da mulher precisa ser averiguada. Nos Estados Unidos, a pena de morte é entendida como uma dura punição a um criminoso, não apenas como algo que vai tirar a vida da pessoa.

Por este motivo, o condenado precisa estar em boas condições de saúde. Lisa passará por um exame psiquiátrico. Após o resultado ser divulgado, o tribunal realizará nova audiência para dizer se ela possui competência para ser executada pelo estado de Indiana.

Lisa Montgomery é a única mulher no corredor da morte nos Estados Unidos. A última mulher executada foi Bonnier Brown Heady. Em 1953, ela foi morta na câmara de gás, após sequestrar e matar um garoto de apenas seis anos. O caso repercutiu em todo o país à época.

Lisa foi presa em 2004, após matar uma mulher grávida e arrancar o bebê da barriga dela. Com o adiamento da execução, ela deverá acontecer no governo do presidente Joe Biden, que assume no dia 19 de janeiro substituindo Donald Trump. Diferente do republicano Trump, o democrata Biden é contra a pena de morte federal.

PUBLICIDADE