Desabafo de médico ecoa na web: ‘Enquanto você posta foto na praia, balada ou bar, estamos vendo a 2ª onda vir’

Ele revelou o sentimento dos profissionais de saúde que já estão esgotados trabalhando na linha de frente

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A segunda onda da pandemia do novo coronavírus é uma realidade em boa parte do mundo. No Brasil, a situação não é diferente e o número de mortos já ultrapassou a marca de mais de 200 mil. Infelizmente, especialistas já haviam falado sobre a preocupação com o mês de janeiro, devido às festas de fim de ano.

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Em algumas localidades a situação tem sido caótica, sendo esse o caso do estado do Amazonas. Muitas cidades estão implantando medidas mais extremas para tentar conter a proliferação da Covid-19. O mais preocupante é que muitas pessoas não levam com seriedade a enfermidade que está assolando o mundo há mais de um ano.

Com o grande aumento do número de casos por causa da segunda onda da pandemia do novo coronavírus, um médico resolveu fazer um alerta em tom de desabafo sobre a situação dos profissionais de saúde. Diego Vieira, médico cearense usou o seu perfil na rede social para compartilhar situações caóticas vividas por ele e pelos colegas de trabalho em todo país.

O médico falou sobre os atendimentos que foram realizados nos primeiros plantões do ano de 2021. Ele frisou que a população tem ignorado as orientações há meses e muitos continuam vivendo como se nada tivesse acontecendo. “A população não nos escuta há meses. Estamos exaustos, deprimidos e desesperançosos. Enquanto você posta foto na praia, na balada ou no bar, estamos aqui vendo a segunda onda vir com força redobrada. Enquanto temos mais força nenhuma. Pois ninguém nos escuta”, desabafou Diego.

O médico citou alguns casos que teve que se deparar. Um rapaz de 22 anos que apresentou sintomas respiratórios relatou que viajou para praia na virada de ano, mais três pessoas da casa testaram positivo para o vírus. O jovem ainda confidenciou que sente medo por ter abraçado a mãe idoso no primeiro dia do ano. Ao ser repreendido pelo médico por causa da aglomeração disse que precisava viajar para poder relaxar. Uma mulher de 45 anos teria exigido o uso de cloroquina, mas apesar da explicação do médico de que o remédio não tem eficácia contra a doença, ela teria ameaçado processar o profissional de saúde.

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O médico cearense ressaltou que a população não escuta os alertas há meses e com isso as mortes ultrapassam mais de 200 mil. Porém, ele fez questão de dizer que o número é subestimado e quem trabalha na linha de frente da doença vai ficando cansado e sem esperança.