Áudio revelador de juíza morta brutalmente por ex-marido é divulgado e causa impacto: ‘Morro de medo’

Acusado foi indiciado nesta quarta-feira (30) por homicídio quintuplamente qualificado.

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Brutalmente assassinada pelo ex-marido na véspera de Natal, a juíza Viviane Vieira do Amaral vinha sendo extorquida pelo acusado há algum tempo antes do crime. Em mensagens enviadas a uma amiga, que foram obtidos de forma exclusiva pelo jornal O Globo, a magistrada traz detalhes sobre o relacionamento abusivo, bem como ameaças e extorsão que vinha sendo alvo após a separação.

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Nos áudios enviados, Viviane conta que Paulo José, que está desempregado há cerca de seis anos, passou a exigir dinheiro dela depois da separação, sempre obrigando ela a fazer depósitos em sua conta. A juíza foi morta a facadas na frente das três filhas, no Rio de Janeiro, no último dia 24.

“Eu morro de medo dele. Sempre fiquei pianinho com medo das alterações dele, dos desvios de comportamento, das violências que ele fazia”, desabafou a vítima em um dos áudios. 

Toda a conversa de Viviane com a amiga foi entregue à Delegacia de Homicídios (DH) através de familiares da juíza. Os áudios agora integram o inquérito contra o acusado. 

Ainda sobre o caso de extorsão, a magistrada contou a amiga que Paulo vivia pressionando-a por dinheiro.

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“Já fiz vários depósitos para ele. Fica me pedindo dinheiro disso, daquilo. Quando eu vi, já tinha depositado para ele mais do que ele me deu de pensão esse mês”, afirmou Viviane. 

Proteção por um tempo

Viviane e Paulo foram casados por 11 anos, e após a separação ocorrida neste ano, a juíza chegou a solicitar uma escolta para garantir sua segurança, uma vez que Paulo já havia feito ameaças e agredido a ex-companheira. Durante alguns meses, homens armados e treinados em artes marciais passar a acompanhar o dia inteiro em carros.

Contudo, após um pedido da filha, Viviane dispensou a escolta de proteção, e se tornou novamente vulnerável ao acusado. 

Indiciado

Preso em flagrante pelo crime bárbaro, Paulo José Arronenzi foi indiciado nesta quarta-feira (30) pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por homicídio quintuplamente qualificado, com o caso sendo tratado como feminicídio. Na última semana, a Justiça bloqueou mais de R$ 600 mil das contas bancárias do acusado, evitando que ele ou familiares movimentassem as cifras para uma conta no exterior.