Bocejo: o que é, para que serve e por que é tão contagioso?

Você já deve ter ouvido falar que ver outra pessoa bocejar nos incentiva a fazer o mesmo; entenda o motivo.

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O que é o bocejo e para que ele serve? Se você tem essa curiosidade, esse artigo vai revelar o que a ciência sabe sobre assunto. Na verdade, o ato de bocejar é um reflexo involuntário do corpo que indica que o corpo necessita de sono. Uma vez que o bocejo se inicia, é quase impossível de interromper. A pessoa pode até tentar fechar a boca, mas os músculos que foram acionados pelo reflexo continuam a sua contração.

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O bocejo acontece quando o oxigênio fica escasso no ambiente em que estão e quando os músculos ficam completamente relaxados. Isso quer dizer que uma pessoa que boceja com frequência pode não estar recebendo oxigênio na quantidade suficiente para as suas necessidades. Isso indica que o indivíduo precisa ficar em um ambiente mais ventilado ou mesmo de fazer atividade física.

Para que serve o bocejo?

De acordo com o especialista Arnaldo Lichtenstein, que atua como clínico geral do Hospital das Clínicas em São Paulo, o bocejo ainda não é algo muito conhecido pela medicina. Ainda é necessário mais estudos para que se possa esclarecer qual é a parte do sistema nervoso que é responsável por controlar o reflexo. Contudo, acredita-se que, possivelmente, seja o mesencéfalo. Vale ressaltar que uma das finalidades de bocejar é fazer com que a pessoa desperte, já que os músculos esticam e o sangue circula melhor.

Por que bocejar é tão contagioso?

Talvez só de olhar para essa foto do artigo você sinta vontade de bocejar. Certamente, já ouviu falar que ver uma pessoa bocejando incentiva a fazer o mesmo, mesmo que não esteja com sono ou se sentindo cansado. Um estudo sobre o assunto diz que o bocejo pode ser um reflexo primitivo do cérebro, que o torna muito contagioso, e tentar resistir somente faz aumentar a vontade de bocejar.

Apesar de não ser uma doença, os estudiosos acreditam que o bocejo possui um efeito contagioso. Após um teste realizado com 35 voluntários que assistiram vídeos de pessoas bocejando, os pesquisadores puderam constatar que era quase impossível controlar o impulso, mesmo depois de serem aconselhados a tentar evitar.

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Os voluntários passaram por um segundo teste em que foi utilizado uma espécie de estimulação elétrica para poder fazer a manipulação e aumentar o contágio. Para os estudiosos, o trabalho de estimulação elétrica sugere que o córtex morto primário seja o responsável pelo efeito de contágio do bocejo. Já estudos anteriores sugeriam que poderia ter alguma relação com empatia, mas existem poucas evidências sobre a teoria.