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Trajando um uniforme azul e com um chinelo preto, Adélio Bispo de Oliveira, de 42 anos, chegou para dar seu depoimento com a escolta de três agentes na penitenciária de segurança máxima. Ele teve seus pés e suas mãos algemados na cadeira, e foi observado com atenção redobrada, por ser considerado um preso de alta periculosidade.
No vídeo, que pode ser conferido logo abaixo, Adélio conta todos os detalhes do planejamento e o atentado contra Jair Bolsonaro (sem partido). O criminoso confessou que possuía um desejo íntimo de tirar a vida do ex-presidente Michel Temer, mas segundo ele, isso já teria passado.
O ex-garçom disse que foi motivado politicamente e religiosamente, taxando Bolsonaro como um impostor. Segundo suas informações, o presidente foi batizado em uma igreja evangélica onde o mesmo teria tentando plantar a ideia de que ele era adepto da região, o que para Adélio, não passava de uma farsa.
Em uma parte do vídeo, o detento fala que o crime foi a pedido de Deus. “Eu não tinha pensando. Quando ele [Deus] disse, eu fiquei até surpreso”, confessou. Ao ser questionado se ele se arrependia da facada que quase tirou a vida de Bolsonaro, ele diz que não.
Adélio conta com extrema frieza no vídeo os detalhes do dia do atentado. “Se eu tivesse uma arma de fogo seria inevitável. A distância era curta”, revelou. O criminoso disse que estava disposto a morrer, acreditando que isso iria acontecer após a tentativa de homicídio.
Nas imagens, o detento ainda comenta sobre os partidos políticos. Ele diz que o PT é menos ruim do que o PSDB no poder, e posteriormente começa a justificar a sua opinião.