Esposa de morto em acidente em rodovia de SP critica motorista: ‘sempre foi apressado’

Marido já havia reclamado da falta de segurança do ônibus, que mal tinha cintos de segurança.

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O grave acidente envolvendo um ônibus e um caminhão na Rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho, entre as cidades de Taguaí e Taquaritiba, interior de São Paulo, ocorrido na manhã de quarta-feira (25), segue repercutindo em todo o Brasil. Quarenta e uma pessoas morreram no acidente.

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Uma das vítimas foi Ramom Pereira da Silva, de apenas 25 anos. Ele não resistiu aos ferimentos sofridos na batida, deixando a esposa, Raquel Ferreira Monteiro, de 18, e uma filha de seis meses. Em entrevista, Raquel falou que o marido já havia reclamado do transporte.

O ônibus irregular, da empresa Star, levava funcionários para uma empresa têxtil. Os trabalhadores moravam em Itaí e trabalhavam em Taguaí. “O motorista sempre foi apressado mesmo. Não tinha medo de pisar no acelerador e agora está aí a tragédia de mais de 43 pessoas mortas (oficialmente 41)”, lamentou Raquel.

A mulher afirmou ainda que o marido reclamava que faltava cinto de segurança e que não havia empenho da empresa para que as pessoas se sentissem seguras. Raquel e Ramon estavam juntos havia três anos. Os dois se casaram havia um ano e meio e criavam a filha, Alice, de sete meses. Raquel não poupou elogios a Ramon, a quem chamou de bom marido e bom pai.

O acidente segue sendo investigado pela polícia. Durante a madrugada, os corpos foram liberados e 39 deles foram velados na cidade de Itaí. A cidade está de luto com a morte de tantas pessoas. Covas foram abertas no cemitério municipal para receber os caixões com os corpos em enterros marcados para hoje.

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