Seguranças de supermercado são condenados a mais de 10 anos após crime que chocou o Brasil

Valdir Bispo dos Santos e David de Oliveira Fernandes foram condenados pelo TJ-SP.

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Em meio à polêmica envolvendo a morte de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, em um supermercado da rede Carrefour, em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, outro caso ocorrido em supermercado, e que chocou o Brasil no ano passado, teve desfecho.

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O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) condenou os seguranças Valdir Bispo dos Santos e David Oliveira Fernandes, que trabalhavam em uma unidade do Ricoy, na zona sul da cidade de São Paulo, a 10 anos de prisão. Em agosto de 2019, eles agrediram um menor de idade que foi flagrado furtando chocolate na loja.

Os desembargadores da 4ª Câmara de Direito Criminal condenaram os seguranças pelos crimes de lesão corporal, tortura, cárcere privado e divulgação de cenas de nudez de vulnerável. O adolescente que tentou roubar chocolate no supermercado foi levado para uma sala e agredido.

O caso repercutiu em todo o Brasil à época e os seguranças foram presos no mês seguinte ao ocorrido. Um deles, de acordo com o G1, já teve direito à progressão de regime de cumprimento da pena. Em maio deste ano, devido ao bom comportamento na cadeia, ele passou para o regime semiaberto.

Na primeira instância, os seguranças haviam sido condenados por lesão corporal, mas absolvidos por tortura. O Ministério Público recorreu e os desembargadores entenderam que houve tortura. Os desembargadores Ivana David, Edison Brandão e Camilo Lellis condenaram Valdir e David por unanimidade. Agora, o Brasil aguarda o julgamento dos seguranças que tiraram a vida de João Beto no Carrefour.

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