Ciência explica porque mães podem sentir raiva do bebê após o parto

É comum as mães sentirem raiva dos outros filhos e até do parceiro após a chegada do bebê.

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Para algumas pessoas, a chegada de um bebê pode ser cheia de emoções, nem sempre positivas. É comum a mãe, o pai, os familiares e amigos acreditarem que após o nascimento da criança haverá muitos momentos de felicidade, mas nem sempre é isso que acontece.

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Há mulheres que apresentam problemas hormonais após o nascimento do bebê, ocasionando comportamentos diferentes do esperado. Elas podem ter sentimentos que aparentemente são inexplicáveis e até se sentem culpadas por isso.

É muito comum algumas mães de recém-nascidos sentirem raiva do bebê, do parceiro e até dos outros filhos. As pessoas à sua volta podem achar estranho e até criticam a mãe. Ela, por sua vez, pode se sentir culpada por tais sentimentos. Ao mesmo tempo, esses pensamentos “inadequados” parecem brotar na mente sem explicação, como se ela não tivesse escolha.

De modo geral as mães não querem se sentir assim e se recriminam por ter sentimentos hostis pelos familiares. Porém, um estudo realizado na National Institutes of Health, afirma que casos como esses podem indicar um quadro de depressão pós-parto, dependendo da duração e intensidade dos sintomas. Estima-se que a depressão pode acometer as mulheres até três anos após o nascimento da criança.

O estudo aponta que após o parto os hormônios caem, e a mãe pode apresentar crises de choro, problemas para dormir, comer e até para fazer escolhas. Somado a isso, ela pode se sentir irritada e ter sentimentos ruins pelas pessoas próximas. Isso é totalmente natural, dura alguns dias ou até semanas, mas pode passar sem tratamento.

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Esse tipo de sintoma, que ocorre isoladamente e dura poucos dias, não é considerado depressão pós-parto. Eles são ocasionados apenas pela queda hormonal temporária, no qual a mulher tende a apresentar melhoras naturalmente. Porém, deve-se ficar atenta, pois a depressão geralmente aparece três semanas após o parto. Os sentimentos podem durar mais de duas semanas, incapacitando a mãe até para cuidar de si mesma e do bebê.

Nesse caso, ela deve procurar o médico e um psicólogo para realizar tratamento, além de buscar apoio na comunidade com mães com problemas semelhantes e além da ajuda de familiares.