Seguranças que mataram João Beto no Carrefour podem ‘apodrecer’ na cadeia

Dois homens estão detidos em prisão preventiva e podem ser condenados a muitos anos de detenção.

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Os seguranças Giovane Gaspar da Silva, de 24 anos, e Magno Braz Borges, de 30, estão presos desde quinta-feira (19), após terem agredido o soldador João Alberto Silveira Freitas até a morte em uma unidade da rede de supermercados Carrefour, em Porto Alegre.

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As imagens de João Beto sendo agredido pelos seguranças revoltou muitos brasileiros e tem tido repercussão internacional. Giovane e Magno foram presos em flagrante. No dia seguinte, a Justiça alterou a prisão de flagrante para preventiva. Na prática, isso significa que os dois devem ficar presos até o julgamento.

Seguranças do Carrefour podem pegar até 30 anos de cadeia

De acordo com o Código Penal, a pena para homicídio doloso, quando há intenção de matar, varia de seis a 20 anos de reclusão. Mas no caso do Carrefour pode haver agravantes. Os chamados qualificados podem aumentar a pena para até 30 anos de detenção, com tempo mínimo de detenção fixado em 12 anos.

O magistrado que mudou a prisão de flagrante para preventiva, preferiu não falar sobre agravantes no momento, mas qualificados como motivo torpe, motivo fútil ou por meio cruel podem elevar a pena dos dois seguranças. Giovanne, o mais novo, trabalhava como Policial Militar.

Ainda não há qualquer previsão de quando os suspeitos do assassinato de João Beto vão ser julgados. No momento, a pressão popular é grande, e o público acompanha todos os detalhes desse crime, que repercute em todo o país. O corpo de João Beto foi enterrado em Porto Alegre neste sábado (21), sob forte comoção.

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