O crime ocorrido contra João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, em uma loja do Carrefour, em Porto Alegre, causou forte comoção e revolta nos últimos dias. Espancado até a morte, o cliente estava realizando compras com a esposa após desentendimento com funcionários.
O episódio foi mais um no histórico “manchado’ da rede de supermercados, que nos últimos anos já se envolveu em atos polêmicos.
Desde o ocorrido, o Carrefour tem tomado algumas medidas para minimizar a situação. A primeira delas foi romper com a empresa de segurança responsável pela contratação dos dois rapazes envolvidos no crime. Na última sexta-feira (20), o presidente global da rede classificou a ações como insuficiente e prometeu mais movimentações.
“Meus valores e os valores do Carrefour não compactuam com racismo e violência”, disse o presidente global da rede de supermercados.
Diante disso, toda a renda obtidas nas lojas nacionais na última sexta, seriam revertidas para entidades ligadas à campanha de Consciência Negra. A loja em que o crime ocorreu permaneceu fechada nos últimos dias, e ontem reabriu para os funcionários, que receberam um “reforço” no treinamento antirracista.
Nota
Neste sábado (21), o Carrefour do Brasil emitiu um comunicado afirmando que o dia 20 de novembro foi “mais triste da história” da empresa.
Acionista e conselheiro do Carrefour, o empresário Abílio Diniz, se mostrou “profundamente triste e indignado” com a morte de João Alberto, classificando como “uma tragédia e uma enorme brutalidade”.
“O dia 20 de novembro, que deveria ser marcado pela conscientização da inclusão de negros e negras na sociedade, foi o mais triste da história do Carrefour. Palavras não expressarão nossa angústia com a brutalidade”, diz um trecho da nota divulgada pela rede de supermercados, que prometeu dar apoio total à família da vítima.