Dando o último adeus ao filho, que foi assassinado no Carrefour, pai conta seu desejo

João Alberto, um negro de 40 anos de idade, foi covardemente espancado por dois seguranças do Carrefour.

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A última quinta-feira (19) foi marcada por um assassinato cruel dentro de um Carrefour de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, por dois seguranças que prestavam serviço para o mercado. Um era Policial Militar, e o outro agente da segurança privada. Eles foram responsáveis por tirar a vida de João Alberto Silveira Freitas, um homem de 40 anos de idade.

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O crime cometido foi registrado por câmeras de celular e as imagens chocaram o Brasil. Com uma enorme violência sem precedentes, os seguranças desferiram socos na vítima até que ela perdesse a vida. Os médicos ainda tentaram reanimar João Alberto, porém, não obtiveram sucesso.

O velório aconteceu na manhã deste sábado (21) e foi marcado por muita dor. Seu pai, João Batista, deu o último adeus ao filho, e em entrevista à GaúchaZH revelou o seu desejo: “[…]queria que esse movimento saísse das salas escolares, sem agredir ninguém. Tem que acontecer um movimento desse aí”, disse o pai da vítima, que alega ser louvável a repercussão que deu, visto que, de qualquer jeito, seu filho não voltará mais.

A cerimônia do velório foi aberto ao público, que se solidarizou com a família e os amigos de João Alberto. O caso causou tanta revolta no povo brasileiro que manifestantes de todo país foram as ruas como uma forma de protesto. Em algumas cidades houve invasões de mercados do Carrefour, onde depredaram o interior do comércio. 

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As identidades dos dois agressores foram divulgadas, se trata do agente de segurança privada Magno Braz Borges e do policial militar Giovane Gaspar da Silva. Os dois foram presos em flagrante e responderão criminalmente por homicídio triplamente qualificado, por não ter possibilitado a defesa da vítima, pelo motivo ter sido fútil e por fazer o uso de asfixia.