Velório de João Alberto, assassinado no Carrefour, é marcado por dor e comoção; pai fica revoltado

‘Foi uma ação de racismo, puro racismo’, disse o pai da vítima, revoltado com tamanha violência.

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Na manhã deste sábado (21) acontece o velório de João Alberto Silveira Freitas, um homem negro de 40 anos que foi brutalmente assassinado por dois seguranças, de cor branca, da rede de hipermercados Carrefour na cidade de Porto Alegre (RS).

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A cerimônia foi marcada por muita dor e comoção. O pai da vítima, João Batista Rodrigues Freitas, de 65 anos, comentou sobre a barbárie em uma entrevista concedida à GaúchaZH, enquanto prestava seu último adeus ao seu amado filho.

“Foi uma ação de racismo, puro racismo. Ninguém agride uma pessoa entre três com tanta violência assim se não tiver um motivo. Se o motivo é fútil, é racismo. Eu quero justiça e aguardo pela justiça”, disse o pai, revoltado com tamanha violência e crueldade.

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O genitor lamentou que a manifestação antirracista tenha ganhado força a partir da morte de seu filho, mas, disse que considera louvável. Defendeu que esse movimento tem que sair das escolas, sem nenhuma agressão. “A vida do meu filho não vai voltar mesmo, alguma coisa há de servir para os outros“, finalizou a comovente declaração.

O velório de João Alberto, ou como foi carinhosamente apelidado por familiares e amigos, o Beto, foi aberto ao público e muitas pessoas se deslocaram ao local para se solidarizar com a família. O enterro está previsto para acontecer por volta das 11h30.

Os dois agressores responsáveis pela morte de João Alberto foram presos em flagrante, e terão que responder por homicídio triplamente qualificado. As imagens do ocorrido chocaram o Brasil, onde várias pessoas se revoltaram e foram às ruas fazer manifestações.