Causas da morte de negro espancado no Carrefour por homens brancos são divulgadas pela Polícia Civil

João Alberto Silveira Freitas viveu uma angústia de pelo menos sete minutos enquanto era espancado.

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A Polícia Civil informou de maneira preliminar, na manhã desta sexta-feira (20), que João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, provavelmente morreu em virtude de ataque cardíaco provocado pela sequência de espancamentos que sofreu. O homem, de pele negra, era cliente do Carrefour na loja do Passo D’Areia, zona norte de Porto Alegre (Rio Grande do Sul), e fazia suas compras semanalmente no local.

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A delegada Roberta Bertoldo, responsável pela 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, afirma que Freitas pode ter sido acometido por uma “parada cardíaca decorrente das agressões e também pelo fato de ter sido pressionado contra o chão”. Imagens gravadas por populares mostram o momento em que os seguranças envolvidos na barbárie, dois homens brancos, pressionam o peso do corpo apoiados pelo joelho sob Freitas.

Apesar de ensanguentado e visivelmente inconsciente, a vítima continua a sofrer uma cruel judiação, contando com murros na face e pontapés pelo corpo. Um dos envolvidos, policial militar temporário, foi levado para o presídio da corporação. O segundo, funcionário terceirizado da empresa que presta serviços de vigilância ao Carrefour, está à disposição da Polícia Civil. Ambos responderão pelo crime de homicídio qualificado.

Ambos foram identificados como sendo Giovane Gaspar da Silva e Magno Braz. Em nota pública, o Carrefour lamentou o ocorrido, disse que contribuirá com o andamento das investigações e informou a ruptura contratual com a empresa prestadora do serviço de vigilância.

Ainda não está claro se o policial militar temporário Giovane Gaspar da Silva era, de fato, funcionário da referida empresa. Testemunhas alegam que ele estaria fazendo compras no local, e teria interferido na briga para apartar. A versão é contestada pelas imagens, as quais mostram verdadeiro espancamento.

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